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Rodrigo Hallvys fala sobre a importância do hábito de pesquisa na carreira artística

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Ele é graduado em Teatro, com pós-graduações em “Arte e Produção Cultural no Brasil”, “Gestão Cultural” e, agora, resolveu fazer mais uma especialização, em “Docência no Ensino de Teatro”. Rodrigo Hallvys começou como ator quando tinha nove anos de idade, decidiu que as artes cênicas seriam sua escolha e passou a se dedicar a elas. Logo após a receber o World Actors 2000, no Rio de Janeiro, fato que o fez ser convidado para algumas aparições na televisão e, como ele mesmo afirma, uma vitrine a mais surgiu a partir de tal momento.

Durante o caminho de construção profissional, frequentou vários cursos e oficinas de atores que, junto com os espetáculos aos quais integrou elenco, contribuíram para sua profissionalização. Profissionalizou-se ator e diretor, outros prêmios surgiram, assumiu a direção geral do Grupo Cênico Estudarte e conseguiu iniciar sua faculdade de Teatro. Depois seguiu para especializações e, hoje, sendo proprietário da RH Soluções Artísticas, membro da Academia Volta-redondense de Letras e já produzido quase vinte festivais de teatro, explica a importância de o ator estudar ao máximo que lhe for possível.

-Estudar significa absorver informações, conhecimento e ter o hábito de colher referências para analisar o que pode agregar em sua carreira. O artista precisa ser um eterno estudante, ter tal hábito. Não só academicamente, mas também como busca de informações para seu crescimento não estagnar – inicia Rodrigo.

Hallvys aponta a realidade recheada de arte a qual o Sul Fluminense tem a seu dispor e salienta, exemplificando Volta Redonda e Barra Mansa como algumas das cidades as quais há uma grande gama de cursos e oficinas para atores. “Vejamos que só nas duas cidades totalizamos mais de doze companhias e grupos de teatro. Imagina se contabilizarmos nas quatorze cidades da região. Existem oficinas e cursos para todas as idades, para diversos níveis de experiência nas artes cênicas, ministradas por profissionais que se graduaram na área artística, criaram metodologias de aplicação e desenvolvimento para atores. É uma realidade muito diferente de quando comecei, em 1990. Hoje temos muito mais alternativas a recorrer”, detalha.

Ao ser questionado sobre as alterativas, ele menciona nomes como Companhia Arte em Cena, Ribalta, Cordão Popular, CriaTeatro e o Estudarte. Esse último, com vinte e um anos de história e sob sua direção. Além de também apontar outras companhias que tem instalados cursos fora das instalações do Gacemss.

Registros do XI Festival de Teatro do Estudarte, ocorrido no Teatro Gacemss 2. Fevereiro/2024.
Foto: Arquivo / Website gacemss.com.br

-Vários desses grupos possuem oficinas e cursos dentro do Gacemss, em um ponto favorável dentro de Volta Redonda: a Vila Santa Cecília, que é um eixo para a própria população da cidade e das cidades vizinhas. Outros em bairros que também dão acessibilidade. São grupos que atendem diversas idades, cada um com sua metodologia de desenvolvimento e produção de espetáculos e eventos – explica, afirmando que há outros grupos de teatro com diferentes linguagens e acessibilidades também. “Há, também, projetos de iniciações em um cunho mais social, de acesso gratuito. Não dá para ser um artista meramente intuitivo. A intuição anda junto à criatividade. Mas sem conhecimento técnico, o artista não tem norteamento para sustentar uma cena de forma qualitativa. Ou acaba entrando em estereótipo ou não desenvolve as camadas de construção do corpo. A parte do mercado que tem qualidade vem do estudo dentro da formação do ator. É importante que os interessados entrem em contato com as oficinas, pesquisem e visitem. Vejam a qual metodologia se familiarizam. Uma pessoa pode não se identificar com a aplicação técnica que eu faço e encontrar em outra oficina seu viés, ou vice-versa. O que não pode é deixar o sonho de lado e passar a vida frustrado. A arte está aí para todos, de forma agregadora e potencializando habilidades”, encerra.

Foto de capa: Divulgação / Thiago Giaccomeli

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