Os episódios de violência registrados em Barra Mansa na quarta-feira (11) despertaram um novo sinal de alerta em relação à segurança pública no município. Em menos de 24 horas, quatro pessoas foram atingidas por disparos em diferentes regiões da cidade — três delas durante a tarde, sob o viaduto da Dutra, no bairro Cotiara, e uma outra à noite, no bairro Santa Lúcia. Para o empresário Leo Santos, os acontecimentos refletem apenas a escalada da violência urbana, evidenciando a carência estrutural de longa data: a ausência da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar em Barra Mansa.
“É preocupante que uma cidade com mais de 180 mil habitantes ainda não disponha da estrutura adequada de segurança para cobrir todas as suas áreas, que são extensas e apresentam diferentes realidades e necessidades. Chegamos a um momento delicado. São ocorrências graves em plena via pública, e é preciso garantir uma resposta mais ágil e eficiente”, afirma Leo.
Segundo o empresário, comerciantes, moradores e trabalhadores têm convivido com o receio constante. “Quem sai para trabalhar ou estudar à noite sente insegurança. Sabemos que a Polícia Militar atua com dedicação, mas faltam recursos, efetivo e uma gestão mais próxima das comunidades. A instalação da 2ª Companhia é uma medida urgente para transformar esse cenário”, ressalta.
Leo também chamou atenção para a necessidade de um olhar mais atento do governo estadual para o interior do Rio de Janeiro, onde municípios como Barra Mansa enfrentam desafios de segurança tão sérios quanto os da capital. “A segurança pública precisa ser tratada como prioridade também fora da Região Metropolitana. O aumento do efetivo policial é urgente, assim como o fortalecimento da estrutura existente no interior”, destacou.

Enquanto a Polícia Civil continua investigando os dois atentados ocorridos nesta quarta-feira — ambos considerados tentativas de homicídio — e busca identificar os autores, a população segue em estado de apreensão.
Leo Santos ainda reforçou o papel do setor empresarial no apoio à segurança pública, destacando sua importância para o bom funcionamento do comércio e para a qualidade de vida dos cidadãos. Ele lembrou que a implantação da 2ª Companhia é aguardada há cerca de 30 anos, com previsão de instalação no imóvel onde funcionava o antigo Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (CRIAAD), no bairro Bom Pastor. “Precisamos transformar esse projeto em realidade o quanto antes”, conclui.
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