Confeitaria queridinha do Sul Fluminense aposta em sobremesas frescas e pronta-entrega, enquanto se prepara para o movimento explosivo dos dias 23 e 24
A Doce Recheio, confeitaria que nasceu na cozinha de casa e conquistou o Sul Fluminense com sua identidade afetiva e o famoso atendimento às “formiguinhas”, já se prepara para um dos períodos mais intensos do ano: o Natal.
Segundo o fundador Gabriel Carraro, a expectativa é de um movimento “altíssimo”, reforçado por um comportamento cada vez mais evidente entre os consumidores, ninguém se programa mais para a data.
“As pessoas pedem tudo no dia 23, 24, 25. Não adianta divulgar cardápio com muita antecedência, porque hoje ninguém tem tempo. Todo mundo trabalha até tarde e chega em casa direto para a ceia”, explica.

Esse novo ritmo fez da pronta-entrega um dos pilares da marca. Enquanto muitas confeitarias funcionam apenas sob encomenda, a Doce Recheio se tornou referência justamente por oferecer sobremesas frescas e montadas quase em tempo real, algo que a clientela abraçou.
Gabriel reforça que nada é congelado ou armazenado por longos períodos. A equipe produz massas e recheios alguns dias antes apenas para deixar as bases prontas, mas a montagem, de banoffes a tortas natalinas, é feita na hora.

“A gente sabe que nos dias 23 e 24 a procura explode, então deixamos uma boa quantidade preparada para montagem rápida, mas sempre fresca. A nossa identidade é essa”, afirma.
Para dar conta da demanda, a família e a equipe vivem uma verdadeira maratona. Os turnos são dobrados, horários ajustados e, em alguns anos, todos já chegaram a virar a noite juntos na loja.
“Teve Natal em que a gente foi para casa dormir duas ou três horas e voltou. Nossa equipe é muito unida, veste a camisa mesmo. É graças a eles que tudo funciona”, diz Gabriel. Depois desse esforço concentrado, a compensação vem em janeiro, considerado por ele “a semana mais parada do ano”, quando a loja fecha alguns dias para descanso.

Os dias 24 e 31 seguem regras próprias: a equipe entrega encomendas até meio-dia ou uma da tarde, e o restante do dia é dedicado apenas à venda do que já está pronto. “Acabou, acabou. Não tem como estender, porque a gente já trabalhou demais nos dias anteriores e a equipe precisa descansar”, explica.
O cenário se repete também no Ano Novo, quando muitas confeiteiras não trabalham, impulsionando ainda mais a busca pela Doce Recheio. Segundo Gabriel, o aumento da procura reforça como as pessoas têm menos tempo para preparar a ceia em casa e cada vez mais buscam soluções prontas, afetivas e confiáveis.

Mesmo após anos de operação intensa, a doçaria mantém o mesmo princípio que a tornou querida pelo público: produto fresco, atendimento próximo e vínculo com a clientela.
“A gente já espera que o movimento seja muito forte. E vamos estar preparados para isso”, resume. Com produção acelerada, equipe alinhada e sobremesas que viraram desejo, a Doce Recheio promete adoçar, e salvar, mais um Natal no Sul Fluminense.
